Novos Acontecimentos em Baliza
Abro agora um espaço para mais uma colaboração.
Lúcia Cicarelli Guimarães, minha cunhada, esposa de Delly Leão Guimarães, residente em Lavras, Minas Gerais, vai falar.
" NOSSA VIDA EM BALIZA.
Conheci o Delly quando ele era estudante em Lavras, minha cidade. Assim que se formou, nos casamos. Era o dia 23 de junho de 1945. E fomos morar em Baliza. No mesmo dia viajamos. Foi uma viagem muito louca! Um dia qualquer, em outra postagem, eu lhes conto tudo o que passamos. Após tantas dsventuras, lá chegamos.
A CASA GUIMARÃES era propriedade dos irmãos de Delly, do primo Sintico e do amigo Jesuíno Veloso. O Delly foi para ser guarda-livro da loja, uma espécie de contador da firma, realizando os trabalhos de contabilidade daquele tempo.
Baliza era uma cidade com 5 a 6 mil habitantes.Tinha uma farmácia, uma padaria, um açougue, um bar e a nossa loja. A cidade, dividida pelo rio Araguaia, de um lado pertence a Goiás, do outro, a Mato Grosso. Esta parte chamava-se Balizinha ou Torixoreu.
Delly no dia de sua formatura em Lavras-MG |
Na foto ao lado, você vê o Delly , jovem, cheio de esperança, quando se formou. Hoje, não está mais entre nós, faleceu em 2012, mas ele participou do Primeiro Encontro dos Guimarães, em 2010, em Rio Verde, Goiás.
Foi uma experiência incrível o tempo que passamos em Baliza! Tantas coisas aconteceram...Boas e más! Uma delas: a morte do irmão Mirote em acidente de avião, na sua primeira viagem aérea, provavelmente em 1947. Logo o Mirote que preferia fazer os longos percursos, buscando suprimentos em Rio Verde, na companhia de caminhoneiros...
Esse episódio desestruturou a sociedade. Jesuíno e Ápio voltaram para Rio Verde. E Delly, juntando suas economias, se fez sócio de Rosalvo, outro irmão dele, mais novo, radicado em Rio Verde.
Em terras goianas nasceram Carlos Magno e Carmen Lúcia, nossos primeiros filhos. Aqui abro um parênteses, pois tenho muito o que contar sobre este assunto. Ficará para outra vez..."
E Lúcia vai narrar agora sobre o garimpo...
Figuras de diamantes grandes e pequenos |
Figura de um garimpo do Brasil colonial |
Conta-se que uma vez o Ápio levou para Rio Verde uma lata de um litro cheia de pedras de diamante e esparramou-as sobre uma mesa. O gesto causou espanto aos irmãos presentes. Foi uma surpresa geral!
Os garimpeiros quase não brigavam entre si, mesmo os de grupos diferentes. Quando descobriam uma pedra grande, subiam até a cidade e ali ficavam por dois ou mais dias, bebendo no bar, à espera dos compradores.. Os homens bebiam muito, festejando a alegria de vender suas pedras e xibius. Xibius eram as pedras menores, as pequenininhas. Quando usadas na ponta de instrumentos, serviam para cortar outro diamante e outros metais.
As brigas aconteciam entre os compradores, pois todos queriam comprar as pedras grandes. Entre eles havia muita discussão. Uma vez, pela janela do meu quarto, presenciei a briga de dois deles que terminou na morte de um comprador. O homem morreu na porta da loja."
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O relato de Lúcia Cicarelli é muito enriquecedor. Em uma futura postagem, nos contará outras passagens interessantes que viveu com o Delly não só em Baliza, como em Rio Verde e em Lavras.
Terminando este relato, quero apresentar as fotos do meu irmão Delly e parte de seus familiares.
Posso dizer que tal qual o diamante azul, lindo no seu brilho, assim é sua família- uma JOIA RARA.
Delly, Lúcia e genro |
O Diamante Azul-joia rara |
Lúcia, Delly e netos |
Delly e Lúcia com filhos e netos |
O diamante azul Postado por Maria da Glória Guimarães Dias, no dia 7 de fevereiro de 2013- Brasília-DF. |
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