06 fevereiro 2013

2- Ainda os Guimarães em Baliza

         Novos Acontecimentos em Baliza


Abro agora um espaço para mais uma colaboração.
 Lúcia Cicarelli Guimarães, minha cunhada, esposa de Delly Leão Guimarães, residente em Lavras, Minas Gerais, vai falar.

" NOSSA VIDA EM BALIZA.
Conheci o Delly quando ele era estudante em Lavras, minha cidade. Assim que se formou, nos casamos. Era o dia 23 de junho de 1945. E fomos morar em Baliza. No mesmo dia viajamos. Foi uma viagem muito louca! Um dia qualquer, em outra postagem, eu lhes conto tudo o que passamos. Após tantas dsventuras, lá chegamos.
A CASA GUIMARÃES era propriedade dos irmãos de Delly, do primo Sintico e do amigo Jesuíno Veloso. O Delly foi para ser guarda-livro da loja, uma espécie de contador da firma, realizando os trabalhos de contabilidade daquele tempo.
Baliza era uma cidade com 5 a 6 mil habitantes.Tinha uma farmácia, uma padaria, um açougue, um bar e a nossa loja. A cidade, dividida pelo rio Araguaia, de um lado pertence a Goiás, do outro, a Mato Grosso. Esta parte chamava-se Balizinha ou Torixoreu.

Delly no dia de sua formatura em Lavras-MG
Delly sempre gostou de violão e soltava a voz quando inspirado. As pessoas pediam:  'Agora canta Uma Saudade a Mais, Delly!' e ele não se fazia de rogado. Atendia a todos.
    Na foto ao lado, você vê o Delly , jovem, cheio de esperança, quando se formou. Hoje, não está mais entre nós, faleceu em 2012, mas ele participou do Primeiro Encontro dos Guimarães, em 2010, em Rio Verde, Goiás. 
  Foi uma experiência incrível o tempo que passamos em Baliza! Tantas coisas aconteceram...Boas e más! Uma delas: a morte do irmão Mirote em acidente de avião, na sua primeira viagem aérea, provavelmente em 1947. Logo o Mirote que preferia fazer os longos percursos, buscando suprimentos em Rio Verde, na companhia de caminhoneiros...
Esse episódio desestruturou a sociedade. Jesuíno e Ápio voltaram para  Rio Verde. E Delly, juntando suas economias, se fez sócio de Rosalvo, outro irmão dele, mais novo, radicado em Rio Verde.
 Em terras goianas nasceram Carlos Magno e Carmen Lúcia, nossos primeiros filhos. Aqui abro um parênteses, pois tenho muito o que contar sobre este assunto. Ficará para outra vez..."
                  E Lúcia vai narrar agora sobre o garimpo...

Figuras de diamantes grandes e pequenos
Figura de um garimpo do Brasil colonial
 O GARIMPO- "Descendo  o rio Araguaia havia vários grupos de garimpeiros. Eram formados por 10 a 15 homens que garimpavam à procura de diamantes. As pedras grandes, os melhores diamantes não ficavam com os exploradores. Quase tudo ia parar nas mãos dos 'compradores de diamantes'. Um dos compradores de Baliza era o sr Rocha, pai da Jandira que se casou com o Ápio. Por intermédio dele, Ápio e irmãos comerciaram diamantes.
Conta-se que uma vez o Ápio levou para Rio Verde uma lata de um litro cheia de pedras de diamante e esparramou-as sobre uma mesa. O gesto causou espanto aos irmãos presentes. Foi uma surpresa geral!
Os garimpeiros quase não brigavam entre si, mesmo os de grupos diferentes. Quando descobriam uma pedra grande, subiam até a cidade e ali ficavam por dois ou mais dias, bebendo no bar, à espera dos compradores.. Os homens bebiam muito, festejando a alegria de vender suas pedras e xibius. Xibius eram as pedras menores, as pequenininhas.  Quando usadas na ponta de instrumentos, serviam para cortar outro diamante e outros metais.
 
As brigas aconteciam entre os compradores, pois todos queriam comprar as pedras grandes. Entre eles havia muita discussão. Uma vez, pela janela do meu quarto, presenciei a briga de dois deles que terminou na morte de um comprador. O homem morreu na porta da loja."
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O relato de Lúcia Cicarelli é muito enriquecedor. Em uma futura postagem, nos contará outras  passagens interessantes que viveu com o Delly não só em Baliza, como em Rio Verde e em Lavras.

Terminando  este relato, quero apresentar as fotos do meu irmão Delly e parte de seus familiares.
Posso dizer que tal qual o diamante azul, lindo no seu brilho, assim é sua família- uma  JOIA RARA.
Delly, Lúcia e genro
O Diamante Azul-joia rara

Lúcia, Delly e netos


Delly e Lúcia com filhos e netos
O diamante azul

Postado por Maria da Glória Guimarães Dias, no dia 7 de fevereiro de 2013-
Brasília-DF.











04 fevereiro 2013

OS GUIMARÃES EM BALIZA- GOIÁS

Falarei agora dos Guimarães que foram parar em Baliza-Go, às margens do rio Araguaia
 BALIZA, como você viu no início, é uma cidade cujo nome vem de uma enorme pedra, no meio do rio Araguaia.
Na década de 40, meus irmãos, Ápio e Palmiro (o MIROTE), rapazes em Rio Verde, no sudoeste goiano, seguiram os passos de nosso pai Zuquinha, comerciante de profissão. Os dois uniram-se ao amigo e vizinho, Jesuíno Veloso,e rumaram para Baliza, onde abriram uma grande loja.
 A eles,juntou-se o primo Silvino, mais conhecido por Sintico, filho do tio Joaquim. Não sei se o Sintico morava em Rio Verde ou se era em Bonito, hoje Caiapônia. Sei apenas que era uma turma de jovens, ainda solteiros, cheios de vida e de grandes esperanças.
O tino comercial dos Guimarães já iniciado, expandiu-se naquelas terras. A loja deles, chamada Casa Guimarães, vendia de tudo, desde tecidos, sapatos, produtos variados, miudezas...
Posteriormente, meu irmão Delly, mais novo que Ápio e Mirote, integrou-se ao quarteto.

Nas duas  fotos abaixo, apresento Ápio e o primo Sintico. Vejam como se parecem, ambos da família Leão Guimarães, de Rio Verde- Goiás.
Este é Ápio Leão Guimarães, primogênito
 de José Cândido Guimarães. 
Este é Silvino Cândido Guimarães, conhecido por todos como Sintico, filho de Joaquim Cândido  Guimarães.

Antes de explorar o filão precioso das pedras em geral, os rapazes foram presenteados com joias raras, nas pessoas de Jandira Rocha, Julieta e Helena. Acredito que todas eram da sociedade de Baliza. E assim eles se casaram: Ápio e Jandira, Mirote e Julieta, Sintico e Helena. Não sei precisar as datas dos casamentos, nem do falecimento de cada casal, mas os descendentes deles estão por aí. Falaremos deles depois. Vamos agora conhecer algumas fotos.
Palmiro Leão Guimarães (Mirote) e Julieta

Jandira Rocha, esposa de Ápio Leão Guimarães
Não temos fotos de Helena,
esposa de Silvino Guimarães, Sintico.

Julieta, esposa de Mirote.


Postado por Maria da Glória Guimarães Dias, Brasília 3 de fevereiro de 2013