19 junho 2016

GENTE NOVA NO BLOG DA FAMÍLIA GUIMARÃES - JEANNE NASCIMENTO

Esta é Jeanne Nascimento. Uma bela rioverdense.

 Na foto abaixo, apresento sua família: os  pais, Wmarley  e Neades e irmãos.
Seu pai , meu sobrinho, é conhecido em Rio Verde por Bebé. Já lhes falei sobre eles na postagem anterior.

Estamos à espera das postagens da própria Jeanne. E enquanto  ela  não aparece, tomei a liberdade de transcrever uma de suas histórias.

             UMA BELA HISTÓRIA

"Fui uma neta muito aguardada, pois meus avós paternos tiveram quatro filhos homens! Quando nasci, mudei a vida deles, antes sempre cercada de meninos .Desde que minha mãe permitiu, meus avós me carregavam com eles quase todos os fins de semana. Íamos para a fazenda, de onde tenho detalhadas e maravilhosas recordações de minha meninice.
Tinha meu avô uma camionete, tipo C10 ou C14, com certeza tendo passado pelos dois modelos...era, claro, sempre bicolor, muito linda! Quando entrávamos na cabine , ele logo me mostrava o porta-luvas, sempre um saquinho de papel pardo, abarrotado de balinhas, que ele comprava no Bar do Webe, do lado da Casa Goiana, linda loja que pertencia a eles. Lá se vendia de um tudo!
Zuquinha Guimarães  e alguns netos. Atrás, os quatro irmãos,
filhos de Nenê e Joãozinho Em ordem de tamanho: Wander,
Wagner, Wálcio e Wmarley. Telma e o bebê
Montgomery, filhos de Ápio.
Esta é uma foto histórica.
. Zuquinha faleceu em 1955.
 No saquinho, sempre minhas balas preferidas: metade de menta, uma balinha retangular, compridinha, bem azeda, embrulhada em papel verde-escuro. A outra metade da famosa Bala Toffe que só acho lá em Goiás, uma recoberta com chocolate e tem o torcidinho do papel dourado em uma ponta só do embrulho...
E lá íamos nós pela estrada, sempre cantarolando cantigas,muitas das quais ainda hoje me lembro saudosa" e as águas a rolar, chuá...chuá... e as águas a correr, chuê...chuê..."
Minha avó tinha para comigo zelos e detalhes que ficaram impressos na minha memória infantil: uma caiça de helanca vermelha que comprou para mim, me lembro dela dizendo esse nome que achei muito chique, eu bem miúda, sentada no seu colo a caminho da fazenda...( essa tal helanca se enchia de bolinhas desfiadas com minhas artes). Mandava fazer camisas de mangas compridas e bolsos, normalmente de tecidos xadrezinhos. Ah, por que os bolsos? Para que eu pudesse guardar as iscas, que ela  me ensinava a cortar sozinha com o pequeno canivete que também me deram, quadradinhos  bem iguais de queijo meia cura.
Também me comprava botinas, aquelas com elástico entre o couro  para o pé entrar, que normalmente só os meninos usavam. Perdi a maioria das botinas no curral, onde atolava o pé no estrume e quando conseguia tirar, lá ficava para sempre um pé de botina...
Minha avó Nenê ensinou-me os segredos de arrumar os anzóis, passando duas vezes a linha pelo buraco
 e depois torcendo bem, só que aí é que entrava a botina.Para trançar a linha, ela me fazia  fincar  a ponta do anzol no bico da botina-" estando firme, pode enrolar!", ela dizia. Até hoje arrumo assim  meus anzóis."
    VÓ NENÊ- A PESCADORA  Dona Palmeirinda era uma ótima pescadora. Sempre era ela que pegava os maiores peixes. Meu avô jogava a linha em cima da dela e nem assim. Só dava ela! - Nenê, troca de lugar  comigo?Dizia ele...
Uma vez perguntei como ela começou a pescar e ela me contou a seguinte emocionante história : 
" Meu pai, Zuquinha Guimarães, teve, com minha mãe Cota, 9 filhos:  cinco meninas e o restante homens. Só deixava os filhos homens irem para a beira do rio pescar. Naquela época  já morávamos  novamente em  Rio Verde, depois de termos morado em Palmeiras de Goiás. Papai tinha em Rio Verde  uma fazenda chamada Indaiá.  No fundo da fazenda passava um rio que dava muito peixe e eu sonhava em pescar  algum. Quando meus irmãos chegavam  da pescaria, Mirote, Ápio, Delly e Zalim, eu ficava encantada!
      NENÊ e a PIRACANJUBA - Depois que me casei com Joãozinho, fomos morar em Montividiu;  tivemos os meninos, e chegou o momento em que foi  necessário que fossem para Rio Verde estudar, pois não havia escolas por lá. Os meninos ficavam em Rio Verde com minha irmã Dadá. Eu e seu avô naquele lugarejo, cuidando do nosso comércio. Montividiu ficava a oito léguas de Rio Verde. Fazíamos a viagem a cavalo, levando e buscando os meninos nos intervalos dos estudos. Uma vez saímos bem de madrugada, a caminho de Rio Verde. Na hora do almoço, estávamos à  beira do Monte Alegre. Arrumei o almoço que tinha trazido pronto na panela embrulhada em panos, amarrada em cima com dois nós. Todos comeram. Tirei os pelegos dos cavalos, escolhi uma árvore com bastante sombra, estendi os pelegos. Acomodei os meninos e o vovô para um cochilo. Ainda faltavam muitas léguas. Disse que iria ao rio lavar os pratos.
Fui! Tirei do embrulhinho o anzol e linha que tinha trazido escondido, amarrado num pauzinho.. Coloquei a isca e joguei. Pouco depois correu! Fisguei o primeiro peixe da minha vida. Lutei com ele por muito tempo até conseguir tirá-lo d' água. Era a mais linda PIRACANJUBA que já tinha visto! Abracei o peixe com muita força para subir o barranco, que era bastante alto. Lembro até hoje do rabo dela batendo nas minhas pernas...
Aí... Nunca mais parei de pescar!"

Até hoje meus olhos ficam marejados quando me lembro dela contando. Herdei muitas de suas paixões, pescarias, cozinhar, gosto pela música, senso de humor e, principalmente, a certeza de que devemos fazer de nossos netos crianças felizes. Acho que fui a criança mais feliz do mundo! A razão disso denomina-se AMOR!
Saudade, para mim, é lembrar de quem se foi, com tamanha alegria, que até inunda nossa alma. Cada uma dessas lembranças são como ainda receber seus abraços"   Ass..Jeanne Nascimento.

                  Postado por Glória Guimarães- Brasília, 18 de junho de 2016

07 junho 2016

NOVOS GUIMARÃES NESTE BLOG

       Este blog ficou por muito tempo esquecido por mim. Por várias razões. Agora, porém, desejo reativá-lo. O primeiro passo foi convidar o pessoal jovem da família para dele participar. Estamos à espera de adesões. Acredito que  a equipe de sobrinhos  e netos irá se manifestar. Muitos deles estão no Face e em outras mídias. Outros, com a facilidade da tecnologia moderna, são mestres em fotografia digital. Enfim, poderão apresentar  novidades que enriquecerão a nossa história.

                              Espero confiante: ALGO BOM VAI ACONTECER !


     Descobri no Facebook minha sobrinha JEANNE NASCIMENTO. Filha de Wmarley Guimarães Nascimento e Neades Martins Guimarães. Ela é neta de Nenê ( minha irmã) e Joãozinho Nascimento, ambos falecidos. É bisneta  de Zuquinha Guimarães, meu pai, um dos primeiros Guimarães vindos da Bahia,conforme história já relatada neste blog. 

       Na foto ao lado, você vê os avós de Jeanne (Nenê e João), ladeados pelos tios: Dedé, Dadá e Guimar(sentados). De pé, em sentido horário: Guiman, Dely, Glória (eu), Rosilda, Ápio e Ademar. Em tempo: Dedé, chamava-se Adélia; Dadá era Idália; Nenê,  Palmeirinda.

     Esta foto é histórica. Marca uma data especial - não me lembro o ano- quando comemorávamos As Bodas de Ouro de  Nenê e João, em Montividiu, uma cidade que pertenceu a Rio Verde e onde o casal começou a vida a dois. Foram tão queridos na cidadezinha que lá retornaram, anos depois, para as comemorações.     
      É também uma foto de valor inestimável para os familiares .Ela mostra quantos de nós já se foram. Apenas Ademar e eu, presentes na foto e, ainda o  Gerson e o   Guimas (ausentes na foto), filhos de Zuquinha, José Cândido Guimarães, estamos por aqui para contar um pouco da história.

      Jeanne tem um dom especial de contar Histórias da Família em seu Baú de Guardados. Ela recebeu o meu convite. Venha, Jeanne, depressa. Conte logo uma de suas recordações!

Postado por Glória Guimarães no dia 6 de junho de 2016.

Hoje, estamos  no ano 2020.Muitos acontecimentos se deram. Eu quero contar um pouco deles. Espero, porém, que meus sobrinhos, meus primos, outros familiares e amigos também participem  da nossa história. Assim enriquecerão este blog.

Atualizado e postado por Glória Guimarães no dia 2 de maio de 2020.

27 fevereiro 2016

NOVIDADES EM PARAMIRIM


Depois de nos instalarmos em um hotel, fomos conhecer a cidade. Na foto acima, cliquei o Tibúrcio e Wanda passeando por uma rua. Reparem no jardim florido na calçada da casa atrás da Wanda. Será que ele existe? Provavelmente que não. Deve ter dado espaço para o alargamento da rua. E as construções ao fundo? O esqueleto do casarão deve ter ido ao chão e hoje uma bela residência enfeita o lugar. Assim é o progresso...Desejamos, porém, que cultura  e  tradição tenham preservado as casinhas do lado esquerdo, a alma do povo.

Na cidade, procuramos conhecer algumas pessoas, uma vez que de nada sabíamos dela. Foi assim  que um alegre morador nos acompanhou em algumas visitas . Nesta foto, (eu de blusa  listrada), Wanda, Abílio e o morador prestativo ( de roupa clara), cujo nome não me lembro.

Outro morador que conhecemos foi o senhor Otaviano.Vejamos a foto seguinte:

                                 "Seu" Otaviano mostra  Paramirim aos forasteiros Abílio e Wanda..
Ele, um sorridente senhor de uns 70 a 80 anos, foi "uma mão na roda" para nós. Foi ele que nos levou até a região da lagoa onde nossos parentes nasceram e viveram. Ele também nascera por ali. Disse-nos que conheceu a avó de Wanda, dona Marreca, e que foi companheiro de brincadeira de meu primo Zezinho, pai de Wanda. Perdera há muito contato com a nossa família, desde que dona Marreca partira para Mato Grosso, levando os filhos mais novos, já viúva. Os filhos mais velhos, como Adolfino já estavam radicados em MT.
Por intermédio de "Seu" Otaviano, conhecemos a igrejinha já reformada de azul, onde se casara Manuel Cândido Guimarães e Francisca- dona Marreca..
Obs.: Não tivemos como comprovar o fato. Não conseguimos descobrir a data de fundação da igrejinha e arquivos dela.
Wanda em frente à igrejinha  da lagoa.

"Seu" Otaviano nos levou à presença de vários moradores mais antigos da cidade. Infelizmente porém poucas informações concretas colhemos.
Agora, só nos resta descobrirmos pela internet um pouco mais sobre os descendentes dos Cândidos Guimarães que, por acaso, vivam em Paramirim, por exemplo: Alguém conheceu um padre ou qualquer  outra pessoa com esse sobrenome? Meu pai nos contava que ele tinha um tio padre na cidade.
Uma curiosidade: será que o senhor Otaviano e o outro senhor que está na foto ainda vivem?

Fechando esta postagem, quero reiterar a nossa admiração pela cidade PARAMIRIM, berço de nossas raízes. E terra de gente boa e hospitaleira.

Postado por Maria da Glória Guimarães Dias, em 15  de março de 2013.


PRÓXIMO REENCONTRO DA FAMÍLIA GUIMARÃES - ANO 2016


 Em 2016, provavelmente em outubro, esta faixa estará  saudando você, em Rio Verde, Goiás.

O VII ENCONTRO da nossa família vai acontecer lá, no sudoeste goiano.

Você, que pertence ao clã de Manuel Cândido Guimarães, ou de Joaquim Cândido Guimarães ou de José Cândido Guimarães, estará presente para alegrar este importante evento.

Desde hoje, portanto, vamos nos programar para que um maior número de familiares compareça.

Postado por Glória no dia 27 de fevereiro de 2016