08 maio 2015

OS GUIMARÃES COMERCIANTES EM GOIÁS

A história continua...
Os irmãos Joaquim e José, ambos Cândido Guimarães, vindos da Bahia, estabeleceram-se em Rio Verde- Goiás. Lá trabalharam, namoraram duas irmãs da família Leão. Casaram- se, por volta de 1904. Vieram os filhos. De Joaquim e Odília nasceram: Arlinda (Dondona), Armia, Silvino (Sintico) e Clotilde. 
De José, apelidado Zuquinha e de Maria (Cota) nasceram : Idália (Dadá), Ápio, Palmiro (Mirote), Adélia (Dedé), Palmeirinda (Nenê), Ordália (Dazinha), Delly, Rosalvo(Zalim) e Rosilda.
De Joaquim Baiano pouco posso falar, mas de meu pai Zuquinha, sim. Ele, além de ser dono da Fazenda Indaiá, foi comerciante. O primeiro comerciante desta família que se tem notícia. O seu tino comercial deve ter influenciado parte dos descendentes. Sua primeira loja foi a base de outras que surgiram ao longo da vida.
Cadeia antiga - Hoje restaurada-Patrimônio Cultural- Palácio da Intendência
 É uma pena  não possuirmos muitas fotos ou registros que comprovem os fatos. Após 1904, tudo o que sabemos é meio folclórico, isto é, ouvimos dizer ou alguém nos contou. Foi assim que soubemos que a primeira Loja Guimarães ou a popular  Casa do Zuquinha Barateiro, em Rio Verde, ficava na antiga Praça do Jardim, onde é hoje a Faculdade de Direito. Nesta praça, estava também a cadeia velha, hoje tombada como Patrimônio Cultural. Tomando-se como base o prédio da cadeia, a loja de papai situava-se à direita, entre as residências do sr. João Veloso e sr. Oscar Ribeiro. Ali viveram os primeiros filhos de Zuquinha e dele receberam o exemplo e vivenciaram sua experiência.
Sintico Guimarães
Ápio, Mirote e Zalim seguiram os passos de papai. O irmão Delly indiretamente também viveu a profissão, uma vez que atuou como contador   da firma Guimarães, depois de ter se  formado em Lavras-MG.
 Jesuíno Veloso, filho de João Veloso, vizinho e amigo dos quatro irmãos, acredito ter tido influência da nossa família. Ele e meus irmãos foram sócios da Casa Guimarães que abriram na cidade de Baliza, na década de 40. Um outro sócio desta loja foi Silvino Guimarães, o Sintico, filho de Joaquim Baiano. Não sabemos se entre os outros descendentes do  tio Joaquim  há mais comerciantes. Sabemos, porém, que Marcelo, filho de Dondona e um dos sobrinhos de Sintico são proprietários de uma panificadora em Bom Jardim, Goiás.
Prédio onde era  Casa Guimarães, em Baliza
Como seria aquela Casa do Zuquinha Barateiro? Certamente um local onde se vendia quase tudo: tecidos, calçados, panelas, outros vasilhames, querosene, açúcar, arroz, farinha e por aí vai.
Jeanne e a pedra famosa de Baliza
E a Casa Guimarães nas terras de Baliza?Penso que ambas eram o retrato autêntico dos famosos Secos e Molhados de anos atrás. Destaco a loja de Baliza. Lá os sócios compravam e vendiam diamantes, sabiam?
 Minha sobrinha Jeanne, filha de Wmarley e Neades, de Rio Verde, esteve em 2013, em Torixoréu. Visitou a parte de Baliza, onde meus irmãos e primo tiveram a loja, mandou-me as fotos anexas e a notícia seguinte:"O prédio da Loja Guimarães hoje abriga uma loja de materiais de construção. Pintada de azul, conserva as portas e portais vermelhos do passado. Na cidade, ainda hoje quando se fala dos Guimarães, ajunta gente a contar estórias e histórias. Todo idoso que passa pela gente e ouve a palavra Guimarães se aproxima para conversar. Vivi horas de emoção, olhando as águas do Araguaia que segue benfazejo, ainda rico de diamantes, de sonhos e histórias."

Agradeço a Jeanne por essa contribuição tão importante.

Postado por Glória Guimarães, no dia 8 de maio de 2015 - Brasília- DF.

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