23 novembro 2012

OS GUIMARÃES DE MATO GROSSO

... E a notícia sobre as jazidas de diamantes  em Mato Grosso falou mais alto...
O que aconteceu com os Guimarães que prosseguiram a jornada seguindo a Rota dos  Diamantes até Mato Grosso?
Tudo que eu sabia me chegou "naquilo que se ouviu dizer" e desconhecia muitos detalhes.Hoje, porém, um grande colaborador e amigo da família, digamos assim ", GUIMARÃES de MATO GROSSO" nos socorreu. Passo a palavra ao escritor Sr. Edson Marques da Guia.

Para responder as perguntas que me foram formuladas, tenho que me identificar. Meu nome é Edson Marques da Guia. Nasci a 08/ 10/ 1914. Passei minha infância num 'paraíso perdido', no leste mato-grossense, a extinta Cafelândia, para os mais íntimos -o Café, corruptela dos garimpeiros, que  chegou a ter quase 2000 habitantes.

Adolfino Guimarães
Fui criado praticamente junto a família Guimarães, gente boa que muito me orgulha. Falemos, primeiramente, do líder deste clã, senhor Adolfino Guimarães sobre o qual eu dedicava muita amizade e respeito e o tinha como um tutor, um bom amigo, que me ajudou na juventude, após eu haver perdido meu pai. Adolfino Guimarães deve ter chegado a Cafelândia antes do início da década de 20, quando descobriram os mais puros diamantes. Viera da Bahia para tentar a sorte em Mato Grosso. Este senhor predestinado. ao trabalho e à luta para vencer, dele originou toda a história que tento repassar. Ele era latoeiro ou funileiro; fazia copos, castiçais, funis e peças de latão de bom acabamento que eram úteis na rusticidade dos garimpos.. Ele só não fazia garimpar, mas entendia de tudo. Na falta dos profissionais que não existiam por lá, ele era o médico, o farmacêutico o agente de saúde, sem cobrar um tostão da clientela.
Juntando economias de latoeiro, de  mascate, de compra e venda de diamantes, foi a São Paulo; investiu em compra de mercadorias e montou uma loja bem sortida de tecidos  e de secos e molhados. Foi aí que mandou  vir da Bahia seu irmão e afilhado , o Zezinho Guimarães, colocando-o como sócio dos negócios. A firma  foi registrada com o nome Loja Dois Irmãos e ficava na  Rua Clarinho das Moças nº101, conforme atesta  o bloco de notas que mandaram imprimir.
O tino comercial da família em Zezinho foi enorme, além de ser um rapaz alegre e amável.
Logo conheceu Perolina Souza, apelidada de Loura, moça bonita, filha de Zeca de Souza e Emília Marques. O rapaz ficou de olho em Loura. Arranjou um violão. Naquele tempo, era charme fazer serenata para a namorada. Foi assim que se apaixonaram e se casaram. E tiveram quatro filhos: Perlita, , Wanda, Celuta e Anatólio.
... Em 1933, Adolfino mandou buscar muitas famílias de seus parentes que havia deixado na Bahia. Entre eles, sua mãe Francisca, apelidada de Marreca, já viúva, e outros irmãos"...

Aí está a rica contribuição do Sr. Edson Marques da Guia a quem agradecemos. Informamos que deixamos de publicar o texto na íntegra. Ficamos sabendo que o líder Adolfino Guimarães, casado com Isabel, apesar  de não ter tido filho biológico, deixou marcas no solo de Mato Grosso e grande  exemplo para os familiares de ontem e de hoje. Recado da Glória.
Postado por Maria da Glória Guimarães Dias - Brasília, 23 de novembro de 2012

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