UnB-1974 |
Só para explicar a foto inicial UnB-1974- Em nossas vidas, o mundo sempre gira. De nada valem as
as voltas que o mundo dá se não nos arriscarmos a sair do lugar. Foi o que aconteceu comigo e minha família. Tibúrcio, em sua vida militar, fora transferido para Brasília. E todos nós, nesta volta que o mundo deu, viemos parar aqui, nesta cidade, em dezembro de 1971. E no ano seguinte, eu já estava na UnB, continuando o meu curso de Letras. Viera de Uberlândia, onde o iniciara. Na Universidade de Brasília, além de Letras, cursei ainda Pedagogia- nas áreas de Administração Escolar e Tecnologia Audiovisual.
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A partir deste momento, nesta segunda parte, continuo minha história de vida profissional, iniciada na postagem anterior.
Muita gente, muitas vezes me perguntava, ou ainda me pergunta, por que escolhi ser professora, profissão mal paga, com obrigações fora da escola, trabalhos excessivos... sem futuro. Por quê? São tantas as respostas. Paulo Freire mesmo disse que ninguém nasce professor ou começa a ser professor numa certa hora...A gente se forma como educador, permanentemente na prática e na reflexão sobre a prática. O professor é alguém mais sério, mais completo, é até meio visionário, pois vive "apanhando" do sistema e, mesmo assim, conserva a esperança de um futuro melhor. Além disso, sempre percebi que podia semear. O terreno era muito fértil! E me encantei muitas vezes com o que colhi. É isso!
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Saindo de Porto Esperidião em maio de 1958, para minha filha nascer em Rio Verde, lá permaneci até quase cinco meses, quando saiu a transferência do Tibúrcio para Goiás. E, então, pela segunda vez fui parar em Ipameri. Parece que minha vida estava, assim, previamente, definida.
Gláucia- 1ªfilha |
Voltar a morar em Ipameri foi bem marcante. Um tempo de realizações familiares. Por exemplo, eu fui convidada para ser professora no Ginásio Estadual Professor Mancini. Ali batalhei ao lado de mestres importantes da cidade, como o Professor Zuzu, José Bernardino da Costa, e professor Geraldo, ambos da equipe de Língua Portuguesa que era a minha disciplina também. Lembro-me das professoras, senhoras Carmita Marot, dona Helê, Eunice Guimarães, esposa de um antigo professor meu, de Francês, em Rio Verde, o Promotor Joaquim Ribeiro Guimarães, e de outros nomes. Um pessoal mais adulto e mais experiente do que eu. Tal fato foi importante para mim. E o ano1959 ficou marcado como de novas responsabilidades, amadurecimento e outras vivências.
Logo no início de 1960, nasce nosso segundo filho, Douglas Cícero, sendo ele um marco na nossa vida naquela cidade goiana.
Douglas Cícero-2º filho |
Quanto ao Tibúrcio, em Ipameri, foi promovido de posto e os trabalhos realizados em Fronteiras, reconhecidos. Assim, é que o seu espírito de militar exemplar e desbravador, acima de outros dotes pessoais, o levaram a constituir a equipe de implantação da 3ª Cia do 6º BC que seria aquartelada em Uberlândia, Minas Gerais, o que ocorreu em agosto de 1961. E uma nova volta o mundo deu em nossas vidas...
A verdade é que o mundo todo sempre esteve em transformações. A energia planetária seguia o seu caminho e nós não podíamos parar, tínhamos que viver o presente. Por isso compreendi como a vida consegue nos surpreender, como tudo começa a se encaixar.
responsável pela criação da 3ª Cia do 6º BC no Triângulo Mineiro e pelo deslocamento do primeiro comandante, Major Cláudio Albano de Brito Rech e dos componentes da equipe de implantação, todos sediados em Ipameri- Goiás. E assim, mais uma vez, eu e minha pequena família experimentamos outros caminhos. E aprendi a valorizar tudo o que me foi oferecido nas mudanças. Isso já faz 60 anos...E foi em Uberlândia, Minas Gerais, uma renomada cidade do Triângulo Mineiro.
Chegamos àquela comunidade no final de 1961 e imediatamente a adotamos como nossa. Os dez anos que ali vivemos foram prazerosos e cheios de realizações.
Uberlândia-2 |
Glória Mirtes-3ªfilha |
E foi ali, naquela cidade, o palco da infância deles.
Glorinha e Douglas |
Tiba, eu, Glorinha-1966 |
Gláucia, Douglas, Glorinha-1965 |
Fato notável-2-Assim que cheguei a Uberlândia, fui lecionar em uma escola particular na avenida João Pinheiro. Sua proprietária e diretora, professora Gláucia, irmã do deputado Homero Santos. Não me lembro como a conheci e por que fui professora em seu estabelecimento. Lembro-me, entretanto, de receber em minha casa uma visita surpresa de uma pessoa desconhecida por mim, e para me fazer um convite. Tratava-se de dona Carlota do Externato Rio Branco, uma escola do ensino elementar, na avenida Princesa Isabel. E o convite: para eu ser um dos elementos de sua equipe de professoras. E do 4º ano!
Ah, Dona Carlota! Nossa empatia foi tamanha que nem titubeei. E simples assim, aceitei. Eu nunca caminhei sozinha. Sempre tive companheiros ótimos. E como professora nunca pensei em desistir. Pelo contrário...me fortaleci naqueles que apareceram em minha jornada. Penso que nada é mais sagrado que a lealdade de quem acredita em você e nada é mais revigorante que ter o respeito das pessoas que você admira.
Rua do Externato |
Prédio do Externato Rio Branco |
O que falar de dona Carlota? Quando a conheci, já era uma pessoa realizada na vida. Professora, diretora, empresária. Uma senhora benquista na sociedade uberlandense, uma personalidade marcante como mostra a foto à esquerda, junto comigo e Gláucia, minha filha , no dia do recebimento de seu diploma, como quartanista do Externato. Era goiana, de Goiatuba, mas a realização de seu destino foi Uberlândia. Em 1944, comprou de sua tia Odete de Oliveira Marquez, o Externato Rio Branco. Entregou-se de corpo e alma na construção de um estabelecimento modelar. Sua escola transformou-se numa referência regional. Seus professores, os melhores da cidade e os resultados para os alunos, ótimos, inquestionáveis. A professora Carlota de Andrade Marquez recebeu em vida o título de Cidadã Uberlandense pela Câmara Municipal, em 1978, e depois, a comenda Augusto César , uma de suas mais altas condecorações, pelos 57 anos dedicados à Educação. Ela faleceu em 1996. Nesta data, eu não morava mais em Uberlândia.
Para mim, ter sido uma parceira no trabalho da professora Carlota foi uma bênção! Foram quase dez anos. Só a deixei porque vim morar em Brasília, no final de 1971.
Belas lembranças do Externato Rio Branco, em Uberlândia- Minas Gerais.
Painel datas diversas |
Um final de ano-1970 |
Primeira turma-1963 |
Desfile 7de Setembro-1963 |
Minha turma-1966.. |
Profª Carlota, Glória, Neide... alunos. |
As turmas eram do pré-escolar até a 4ª série. As professoras, as melhores da cidade. Mesmo sem os sobrenomes, gosto de citar : Dolvira, Donizeth, Fátima, Marlene, Maltch, Manuela a da escaleta , era professora de música, Norma Salomão, Marta Emídio, Sheila e outras. Dona Carlota fazia questão de ter uma equipe bem preparada, comprometida com os seus objetivos...
E os alunos? Principalmente,
os meus alunos? Ah! Uma garotada de nove, dez e onze anos, inteligentes, estudiosos, carinhosos, amados... Saíam da 4ª série para enfrentarem o famoso Admissão ao Ginásio. E não havia um que não ingressasse no Estadual, o famoso Museu, ou outro colégio importante da cidade ou de outro local diferente. Nossos programas curriculares contemplavam as duas modalidades. Fazendo uma estimativa, acredito que, em nove anos em sala de aula, tendo de 30 a 35 alunos por turma, cerca de 315 alunos foram meus companheiros de jornada , em uma época importante de minha vida.
os meus alunos? Ah! Uma garotada de nove, dez e onze anos, inteligentes, estudiosos, carinhosos, amados... Saíam da 4ª série para enfrentarem o famoso Admissão ao Ginásio. E não havia um que não ingressasse no Estadual, o famoso Museu, ou outro colégio importante da cidade ou de outro local diferente. Nossos programas curriculares contemplavam as duas modalidades. Fazendo uma estimativa, acredito que, em nove anos em sala de aula, tendo de 30 a 35 alunos por turma, cerca de 315 alunos foram meus companheiros de jornada , em uma época importante de minha vida.
GALERIA da SAUDADE - Alunos do EXTERNATO RIO BRANCO - de 1963 a 1971
Alunos de turmas diversas |
Rosely Rosa e eu-1963 |
Lúcia Cristina, Vânia Pacheco, outra Vânia, Túlio, Ângela, Regina |
Uma "doce" lembrança...de Núbia-1963 |
Mensagens que encantam Alunos prof.ª Marlene- +-68/69 |
-Presenteio com esta pequena lembrança! De sua aluna que muito a estima- Maria Aparecida Knychala.
- Quando o futuro se fizer presente lembre-se de sua aluna que tanto a quer- Cleone Ferreira Silva.
Muitas dedicatórias amáveis |
Frases e mais frases |
Cleone, o futuro já se fez presente e estou aqui me lembrando e relembrando de todos vocês que por mim passaram como alunos, como filhos, e, principalmente, como amigos que foram. Por onde andam? Gostaria tanto de saber... Por informações, soube das médicas, Drª Rosely Rosa e Drª Rosa Maria Marquez em Uberlândia. Pela internet, Drª Maria Aparecida Knychala e por aí vai... O tempo há de ter feito médicos, engenheiros, professores, doutores, além de pais, mães de famílias, cidadãos felizes, comprometidos com a sociedade e a vida.
Knychala-aluna |
Como Maria Aparecida Knychala outros exemplos devemos ter ao longo dos anos que se passaram. Com certeza!
Knychala- médica |
Fato notável- 3-Foi em Uberlândia que pude concretizar o meu desejo de fazer curso superior. Ingressei-me na faculdade de Filosofia Ciências e Letras que funcionava no Colégio Nossa Senhora, das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado. Ainda não existia o prédio próprio da Universidade Federal de Uberlândia, mas renomados professores estavam lá, no Colégio, para a felicidade da nova geração de alunos. Lembro-me perfeitamente do Professor Vadico, ou melhor, Professor Osvaldo Vieira Gonçalves, de Literatura; Professora Odélcia Leão, de Francês e de outros nomes importantes. O curso de Letras oferecia dois ramos: Língua Portuguesa e Literatura, com Língua Francesa e Literatura Francesa. Essa era a minha opção. O outro ramo, Língua Portuguesa e Literatura, com Língua Inglesa e Literatura Inglesa. Ambos com a grade curricular de quatro anos cada curso. Ambos bem concorridos pela juventude que desejava ser professor ou professora, ou que já era, e estava ali se especializando...
Fato notável- 4- Foi aquele Só para explicar a foto inicial UnB-1974 do início desta postagem- Mesmo sendo repetitiva, tenho que reafirmar que de nada valem as voltas que o mundo dá, se não nos arriscarmos a sair do lugar. E foi o que aconteceu comigo e família. Mesmo sendo felizes em Uberlândia e quase terminando a faculdade, viemos parar em Brasília, no dia 27 de dezembro de 1971. E aqui uma nova vida sorriu para mim e para todos nós de casa. Tanto que, nossos planos de permanência de dois anos aqui e volta à cidade mineira, não se cumpriram. E cá estamos há 49 anos.
UnB- Ala Norte- Minhocão |
Na UnB, no início da década de 70, embora nada ainda informatizado, mas com uma estrutura completamente diferente do que eu conhecia, com renomados mestres, cito Professor Antônio Sales de Língua Portuguesa, o escritor Ciro dos Anjos, o poeta Cassiano Nunes, de Literatura Brasileira e muitos outros da área pedagógica nas metodologias ora implantadas, tudo me fez viver experiências novas e pude crescer de um jeito diferente.
Brasília-1972 |
Recebi meu diploma de Letras em 73 e em 74, o de Pedagogia-Administração Escolar e Tecnologia Audiovisual.
Fatos notáveis nos primeiros tempos de Brasília-5 -Ano 1972 em diante...
Participei do primeiro concurso da FEDF- Fundação Educacional do Distrito Federal, em fevereiro. FEDF era o órgão governamental responsável pelo ensino. Aprovada em concurso, fui contratada como professora do 1º Grau. Só depois que terminei o curso de Letras em 1973 é que fiz concurso para o segundo grau. E passei a ser professora de 2º Grau, assim classificada: Professora, Classe C, 40 horas semanais. E anos mais tarde, em 1986, a FEDF passou a ser Secretaria de Educação do Distrito Federal.
Na UnB, já prosseguindo no curso Letras, eu e outras colegas também contratadas no concurso de 1º Grau tivemos o privilégio de atuar no Curso Supletivo da FEDF, curso noturno que estava sendo implementado no ano 1972 pelo órgão. Nosso horário na UnB era matutino. Tudo se encaixa. Ganhei uma turma de adultos: senhores, jovens, donas de casa, todos sequiosos por terminar os estudos primários e prosseguir na vida. Era uma escola nova, Escola Classe 104 Norte, próxima à quadra onde eu residia. Uma direção comprometida com a modalidade de ensino e nós, os novos professores, pudemos realizar um trabalho que resultou em bons frutos. Até hoje tenho amigos que foram da primeira turma de alunos. E de outras subsequentes.
Recebendo o meu diploma de Letras, participei do concurso exigido pela FEDF para lecionar no 2º Grau, como Professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação que sempre fora o meu objetivo de carreira. Assim, fui parar no Centro Educacional 01, um colégio de 2º grau, no Cruzeiro-DF. Anna Maria Villaboim era a diretora na época e a equipe de professores muito bem atuante. Muito ao contrário do que se dizia: Professor da Fundação Educacional? Ninguém quer nada...Jovens e velhos professores desenvolvendo trabalho digno, com garra e coragem, reciclando- se no seu ramo e nas mudanças pedagógicas que vinham ocorrendo no sistema de ensino de modo geral, às vezes faltando o básico na estrutura do estabelecimento, desejando e fazendo o melhor para o aluno. Como eu disse antes: " Professor é até visionário, pois vive "apanhando" do sistema, mas conserva sempre a esperança de um futuro melhor". E quanto aos alunos? Muitos, muitos, nem sei quantos, durante o tempo que por ali estive.
Além da professora Anna Maria, passei por outras diretoras e diretores, pois Anna Maria Villaboim, pelas mudanças estruturais ocorridas na FEDF e pelo seu trabalho desenvolvido, passou a ser a primeira diretora do Complexo Escolar"A" do Cruzeiro, equivalente hoje a uma Regional de Ensino. E tempos depois passou à Direção do Ensino Supletivo na sede da FEDF. E antes do final da década, eu e outras colegas do CE 01 do Cruzeiro, fomos participar da equipe de Anna Maria na sede do Complexo "A" do Cruzeiro.
Fatos notáveis da segunda metade da década de 70 em diante -O mundo jamais parou para mim. E, nas andanças dele, sempre gostei do que me chegava às mãos. Aprendi tanto! Superei o que foi preciso, melhorei, cresci. As idas e vindas sempre me impulsionaram para as certezas que viriam. Já fora nomeada Professora de segundo grau e com as mudanças no plano de carreira do magistério passei a ser Professor Classe C, com 40 horas semanais, nos horários vespertino e noturno.
Em 1975, finalizado na UnB o curso de Pedagogia, pude me dedicar a outras atividades no período matutino. Por exemplo: Aperfeiçoamento do meu currículo pedagógico na área de Tecnologia de Audiovisuais, conhecendo novas técnicas de elaboração e uso de materiais diversos, já que Brasília estava sendo pioneira na implantação do ensino a distância, em muitos cursos. As modernidades da internet atual ainda não existiam. Viriam anos depois...Assim, elaborei muitos módulos de ensino de Língua Portuguesa. E de outras disciplinas em parceria com os profissionais de cada área. E outros tipos de material pedagógico: instrução programada, slides, apostilas, fascículos como os do telecursos, via rádio etc, etc.
Oitava série |
Sétima série |
2- Por pouco tempo também lecionei no Colégio de 2º Grau Montenegro e fiz parte da equipe de correção de redações de vestibulares da Faculdade UPIS- União Pioneira de Integração Social, ambos do setor privado, da família Montenegro e outros sócios.
CETEB-ano 1984. |
É bom lembrar que o 2º Grau regular do CETEB não existe mais. Hoje, o Centro de Ensino Tecnológico de Brasília é uma organização que desenvolve e implementa programas educacionais em diversos cursos a distância, uns com material on line e avaliações presenciais. A Escola CETEB faz parte da FUBRAE- Fundação Brasileira de Educação.
4-Um tempo bem precioso que tenho ainda para contar foram os dez anos passados no Senac- Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, uma instituição brasileira de educação profissional voltada para o Comércio de Bens, Serviços e Turismo do País. Participei da equipe de Técnicos de Supervisão, colocando em prática as vivências do meu curso de Língua Portuguesa. E de Tecnologia Audiovisual na elaboração e uso de material didático, bem como trabalho de acompanhamento e supervisão junto aos instrutores das diversas disciplinas. O Senac sempre primou pelo uso de material didático de qualidade.
Não permaneci mais tempo no Senac porque me aposentei pelo INSS, no ano 1996, após 30 anos de serviços na área particular de ensino.
5-Um tempo de Supervisão Escolar e outros trabalhos, enfim de Vida Profissional- A educação é um processo de transformação do ser humano, o qual faz com que ele desenvolva suas potencialidades de acordo com o ambiente em que vive. E para que isso ocorra o ser humano precisa de referências familiares, sociais e culturais. O trabalho do profissional da educação se constitui ainda de um compromisso político, pedagógico e coletivo para poder cumprir melhor a tarefa de formar cidadãos. Deixando as salas de aula do Centro Educacional 01, fui participar da equipe de supervisão escolar do Complexo Escolar "A"-Cruzeiro, sob a direção da Professora Anna Maria Villaboim a princípio. Com as mudanças estruturais da FEDF, outros diretores atuaram na sede do Complexo. Entre eles destaco a gestão da Professora Lygia Barcellos Hogem cujo lema "Tudo que deve ser feito, merece ser bem feito!" foi fundamental para uma equipe que sabia que aspectos pedagógicos eram prioridades, e tinha consciência de que "nada mais importante e mais complexo que a formação de seres humanos por outros seres humanos" e que o objetivo principal é a construção do futuro dos estudantes. Fazendo uma retrospectiva: duas Lygias foram importantes em minha vida de professora. A primeira, em Rio Verde, anos1947 a 1950, e a segunda, em Brasília.
Lygia, Joaquina, Olinda, Glória e Paulinha |
Foi um tempo de novos trabalhos, experiências renovadas, competências colocadas à prova, horários adaptados, tudo para atender a uma função ímpar, como orientar, desafiar, instigar, motivar, despertar o desejo, o prazer, o envolvimento com o trabalho e a divisão das alegrias pelos resultados obtidos. E ainda observar aquela pirâmide invertida: o Secretário de Educação dá apoio às sedes das Secretarias. As sedes dão suporte às coordenações que apoiam as escolas, essas por sua vez têm o dever de apoiar os professores, cujo papel é apoiar os alunos. Tivemos, então, a oportunidade de vivenciar a complexidade da "formação de seres humanos por outros seres humanos" e as pessoas, parceiras de trabalho, foram muitas e especiais.
Novas mudanças ocorreram com a criação das Regionais de Ensino. O Complexo do Cruzeiro passou a fazer parte da Regional da Asa Sul. Em 1986, data da criação da Secretaria de Estado de Educação do DF, já estávamos alocados no CASEB.. Ali permaneci até 1991, data da minha aposentadoria, no serviço público do GDF...................................................................................................................
Galeria especial- Complexo Escolar "A" do Cruzeiro- Belas recordações.
As imagens descontraídas nos revelam tempo de trabalho com alegria e muita amizade...
Machado, Nieta, M. Helena,Celina, Olinda, Loura, Edite |
Galeria especial- Complexo Escolar "A" do Cruzeiro- Belas recordações.
Lygia Hogem |
Ângela Lavinas |
CED 01 do Cruzeiro-Professores |
Professores CED 01-Cruzeiro |
Regional-Asa Sul |
Regional- Asa Sul |
Velhas amizades continuam na Regional |
Regional- Asa Sul- Aniversário de Mariza Eid |
Regional- parte da turma do Consórcio |
Foto1- Arroz carreteiro |
Foto 2-Complexo Escolar do Cruzeiro |
E esta galeria de fotos? Vou explicá-la:
Nas fotos 1 e 2-Arroz carreteiro feito pela funcionária Regina (já falecida), em comemoração ao evento "Professor do Ano" do Complexo. E parte de professores presentes, bem como alunos de uma escola próxima ao Complexo.
A foto 3- 👇 lá embaixo: Amizades verdadeiras- Lygia, Joaquina, Olinda, Glória e a mascotinha do Complexo, Paulinha, filha da professora Olinda. Todo o pessoal do Complexo acompanhou a gravidez de Olinda e o nascimento da garota. Fato acontecido em 1981.Paulinha é hoje uma linda jovem.
Na parte superior👆, as fotos mais antigas mostram professores do Centro Educacional 01, inclusive a diretora, professora Santa Catarina. E as imagens mais modernas são das turmas da Regional de Ensino da Asa Sul, principalmente a turma do consórcio. Este consórcio foi assessorado pela Professora Mariza Eid e funcionou sempre como um programa de festa, encontros, viagens e outras badalações...além dos sorteios mensais. Este consórcio foi ativo por 22 anos, e nos proporcionou muitas alegrias.
Por fim, fecho esta galeria com a foto do ano 1954, onde está registrado o seguinte fato: "Meu primeiro salário recebido como professora em Rio Verde, ano 1953, foi empregado na aquisição do tecido do vestido e do colar que uso na foto. O colar é uma peça de marcassita e se tornou um talismã para mim. Eu o tenho guardado, embora sem brilho e desgastado pelo tempo.O tecido do vestido, fundo verde e flores brancas em alto relevo foi adquirido na loja do seu Neca, pai de Inajá, amiga da época."
Glória- 1954 |
Colar-talismã |
Cópia do Ato de minha aposentadoria |
Mensagem de PENIEL PACHECO- Em homenagem ao DIA do PROFESSOR- 15/10/2021
No dia 3 deste mês, na Igreja Nossa Senhora da Esperança, sentei-me ao seu lado, mas não a reconheci. Também pudera! O nosso primeiro encontro aconteceu no Senac, na década de 90, possivelmente ... Suzana, uma jovenzinha querendo desabrochar para a vida profissional. Mas ela me reconheceu ... E graças às suas lembranças e fotos que fizemos estamos aqui, curtindo muito felizes, um período de minha vida de professora. E dela também.
PROFESSORAR- UM VERBO A SER CONJUGADO NO PRESENTE
O que um MESTRE faz, senão PROFESSORAR sua crença no PODER da Educação?
Ser EDUCADOR é mais do que ter uma profissão. É a PROFISSÃO de fé de quem acredita piamente na própria VOCAÇÃO e reverencia o DOM de ensinar como um contributo de FÉ e DEVOÇÃO.
FÉ na sublime possibilidade de poder FORMAR pessoas (não CONFORMÁ-LAS); de sentir-se capaz de TRANSFORMAR mentes e corações (não DEFORMÁ-LOS).
DEVOÇÃO ao bendito CHAMADO para ser ARTICULADOR de novos SABERES sem, contudo, desprezar as EXPERIÊNCIAS e os CONHECIMENTOS pretéritos.
SABER-SE educador é RECONHECER-SE na CONSTRUÇÃO do outro. É SENTIR-SE parte ativa no DESENVOLVIMENTO bio-psico-social do próximo.
É estar PRÓXIMO, ainda que AUSENTE. É fazer-se PRESENTE, até mesmo no FUTURO. É sentir-se LEMBRADO, independentemente do tempo PASSADO.
É CRER que só há MÉRITO maior (do que na luta em si) se ENSINA a luta pela CONQUISTA da plena DIGNIDADE de seus abençoados DISCÍPULOS.
PROFESSORAR é mais do que simplesmente ENSINAR. É a divina arte de fazer-se VIDA e VOZ nas VIVÊNCIAS e nas PALAVRAS daqueles que, seguindo seus PASSOS, se tornarão os PROFESSORES de amanhã.
...............................................................................................................................................Estamos no ano 2023, no mês de junho. Quero registrar aqui um depoimento que recebi de uma pessoa que um dia cruzou a minha vida de professora. Trata-se de Suzana Vasconcelos de Paula, hoje professora de Português, revisora de textos e profissional do STJ, em Brasília.
Suzana e Glória |
Em um depoimento pelo celular, Suzana se expressa:
" Bom dia, dona Glória! Que alegria me causou encontrá-la na missa. Lembrei-me direitinho do seu olhar, leveza, delicadeza com que me tratou no dia em que presenciou minha microaula para admissão no Senac. Costumo lembrar-me de pessoas boas. Obrigada à senhora e a Deus pelo memorável reencontro.💞💏 Suzana Vasconcelos de Paula."
E eu lhe respondi: " Obrigada, Suzana, pelas fotos. Obrigada pelas palavras de carinho, dirigidas a mim, uma simples professora que passou por sua vida... Suzana, fiquei tão contente ser reconhecida, após tanto tempo. Seu gesto de carinho calou fundo em meu coração.💜💛 ...Sou grata a Deus por ter participado daqueles momentos importantes para você e sua vida profissional."
Fatos como esse enriquecem a vida de qualquer pessoa que os viveu...
Brasília, 19 de junho de 2023 - Maria da Glória Guimarães Dias.
Postada por Glória Guimarães no dia 24 de outubro de 2021. Brasília- DF