15 julho 2020

Os GUIMARÃES NO ESPORTE - FUTEBOL 2

Chegou a vez de falar dele. ADEMAR GUIMARÃES. Este jovem aqui à direita cujo olhar, firme e resoluto, e a pose de atleta mostram sua satisfação pelo esporte que escolheu ainda na adolescência - o FUTEBOL.  Ademar  não é sobrinho. É meu irmão. Não é rioverdense. Nasceu em Palmeiras de Goiás, numa época em que papai retornara àquela cidade para gerir os negócios que tinha ali. Nesta cidade, nasceram meus quatro irmãos mais novos.Na foto abaixo, papai,José Cândido Guimarães- Zuquinha e o quarteto: Ademar, Gamas, Verson e Gérson.
Papai e meus irmãos palmeirenses
 Ademar me disse que  o futebol para ele teve início  em Rio Verde quando nossos pais  e os quatro pequenos voltaram a morar lá. Fato acontecido,  mais ou menos em 1949 ou 50.
Segundo ele, quem muito o influenciou  foi o jogador Nenê Paraguai. Ademar vibrava com os belos gols que esse Paraguai fazia. E via ainda  as proezas e os exemplos de  outro Paraguai mais velho, ícone do futebol da cidade, Altino Rodrigues da Silva. Nossos tios, os dois.
                         
          Falar dos dois atletas"daqueles tempos" é  muito importante. É uma alegria para mim.

Pois é, Altino e Nenê, irmãos de minha mãe Teresa, eram filhos de João Ângelo Lopes, apelidado Ângelo Paraguai, porque  de lá viera.  ( Para nós, crianças, era  Vô Anjo). Diziam que ele era um " revoltoso"( Fugira da Guerra do Paraguai, de Solano López, ditador, depois do ano 1870, fim da guerra). Fugira da pobreza e de outras consequências dessa guerra de seu país e se tornara  brasileiro até no nome, pois López,seu sobrenome, virou  Lopes. E nunca mais saiu de Rio Verde.
 Alunas- Ed. Física do GEMB- Anos 49/50
Alunos no Campo do Martins Borges
Ano 1950- PrimeiraTurma
Lembro-me bem  do tio Altino, pioneiro na arte  do jogo admirável que é o futebol, quando nem um estádio havia na cidade. Era um campo de terra batida, aberto, pertencente ao Ginásio Martins Borges, onde nós, alunos,  fazíamos  as atividades de Educação Física  e os times de futebol disputavam boas partidas. Eu sou da primeira turma do Ginásio, 1947/1950. Veja aqui, à esquerda, a foto de uma parte da turma feminina.  Antes do ano 1950, iniciou-se o fechamento do campo  com tabocas. Desconheço a iniciativa dos trabalhos. Sei apenas que meu tio Altino e equipes de futebol estavam envolvidos, bem como a parte masculina do nosso estabelecimento, professores e alunos. Um deles, Ottoniel de Almeida Leão de Educação Física. Não me lembro quanto tempo durou  a empreitada. Sei apenas que veio receber, ao longo do tempo, e depois de pronta a cercadura, o nome Campo das Tabocas. Tal fato pode ser comprovado com João Lima Leão, Mosaldo Cruvinel do Carmo e Jasmo Parreira da Silva, alunos na época, e meus colegas, moradores de Rio Verde até hoje. Lembro-me  de algumas partidas, já naquele local cercado.
Nosso livro

Registro os fatos, mostrando, ali acima, fotos do nosso tempo de ginásio e as aulas de ginástica. Nomes das alunas: Teresinha Quintiliano, Lacy Barros, Yolanda Massi, Nusa Machado, Glória Guimarães(eu), Madalena Melo, Alzira de Castro, Maria Afonsa, Altair Veloso, Olga Nascimento. (Alunas ausentes na foto: Hercília de Castro e Gelva Costa). A professora era Neusa Emrich.(As fotos dos alunos  e alunas do Martins Borges estão no Livro de Ouro- Histórico da Primeira Turma do Ginásio Estadual Martins Borges de Rio Verde, Goiás, de  autoria  de Alzira de Castro, Glória Guimarães (eu) e Maria Afonsa, aqui apresentado, à esquerda).

     
  Aqui está, agora, um pouco da história do maioral da bola! Altino Paraguai
                         

     

Altino Rodrigues da Silva-ano1955
Altino com 10 anos começou a jogar futebol com bolas de meia e de borracha nas peladas de rua. Foi um craque defendendo  o Rio Verde Esporte. Atuou em diversos clubes até a criação do Corinthians, em 1947. Data  em que se tornou o time do coração, até 2003, quando faleceu. Aqui ao lado esquerdo, está a foto, no ano 1953. Altino e os elementos da equipe, apresentando já o seu irmão, Nenê  Paraguai. Foi chamado deHomem dos Sete Instrumentos: fundador e  presidente do Corinthians; foi técnico, quando necessário, afim de ordenar as coisas dentro e fora do campo, acertando contratos, resolvendo problemas e pricipalmente ajudando financeiramente o seu clube e os novatos  que chegavam . Era o Dono  do time e o Pai dos que precisavam. Foi técnico também de outros times, além do Corinthians E era um ótimo jogador, um beque de primeira. Os seus 1,82m de altura, 80 quilos, e meio desengonçado nas corridas pelas  grandes pernas que tinha, lhe valeram o apelido de Esquisito, ele que era um simpático tio cheio de charme. Ele e tia Francisca Pimentel  sua irmã, devem ter herdado os traços de nossa avó Florinda, de tradicional família Rodrigues da Silva.  Nenê Paraguai e as outras irmãs, como tia Filinha ( Rosalina), mãe de Luiz Braz, Teresa, minha mãe, e tia  Geraldina (Nenenzinha) eram  todos  a cara  do vovô Anjo, pele clara, olhos azulados/esverdeados.Tal herança genética veio até mim, chegando ao meu filho Douglas, à filha Glorinha e a vários sobrinhos da família.

  Agora, vou apresentar outro craque Paraguai.                                                                                     
Campeões do Corinthians-ano 1955-nomes abaixo
  João Ângelo Lopes Filho, o Nenê Paraguai, o irmão do Altino.
Era conhecido como "O jogador das onze    posições". Por quê?
Luiz Braz me respondeu: " Seus  passes mágicos e milimetrados, sua perfeita colocação em campo, seus dribles desconcertantes, seu perfeito domínio da bola jamais serão esquecidos por aqueles que tiveram a felicidade de vê-lo jogando um futebol limpo e deslumbrante. Não escolhia posição: de goleiro a ponta-esquerda se destacava."( No livro de Aires Humberto Freitas- Identidade do Esporte Rioverdense)
Antes de Rio Verde, ele defendeu  as cidades de Palmeiras de Goiás, Mineiros e Alto Araguaia, em partidas espetaculares, cuja performance é lembrada até hoje. Em Rio Verde, seguiu o irmão Altino, defendendo os Clubes  Rio Verde e Corinthians.
Vejamos as fotos: Aqui abaixo, ele recebe o troféu do campeonato amador de 1955, das mãos de Berenice, a madrinha do time aquele ano ( Não me recordo o sobrenome de Berenice).
Na foto acima, lado direito, está o time completo no mesmo evento. Uma pose para  posteridade  que vale relembrar os nomes dos componentes:
 Os campeões do Corinthians/55: De pé: Luiz Braz-meu primo, (Juiz ), Negrinho, Caçarolinha, Quintino, Altino Paraguai, Zuzu, sobrinho dele e meu primo, Aleacim, Zé Morcego, Dimas, Nenê Paraguai e Bráulio. Agachados: Ademar, meu irmão, chamado de Paraguainho, Tonho do João Baiano, Lulu, Bonitão, Berenice, a madrinha do time, Lourival e Joaquim do João Baiano. Destaque para o menino perto da bola, Ademir, filho de Altino Paraguai. O Corinthians venceu  o Goiás  Esporte Clube por 1x0.

Os  irmãos Paraguai foram duas potências do esporte de minha cidade natal.
Cumprindo as leis da vida, foram-se os craques. Restam a saudade, a dedicação e o exemplo de cada desportista.

 Continundo a história do craque da família Guimarães: Ademar.O Jogador mais " Granfim" de Palmeiras de Goiás.

Ademar iniciou sua vida de atleta em Rio Verde. Era bem jovem, tanto que o chamavam de Paraguainho. Sempre seguindo as pegadas dos tios Altino e
Ademar em Rio Verde
Nenê, aqueles pioneiros famosos do futebol do Sudoeste goiano. E Ademar já despontou para ser também um craque, tal qual os tios Paraguai .Vale recordar a foto de 1955, aqui á direita, quando o Corinthians, o time fundado pelo tio Altino em 1953, foi Campeão, vencendo o Goiás Esporte Clube por 1x0. Ademar, muito jovem -Paraguainho- e seus companheiros receberam a faixa das mãos de Berenice, a madrinha do time.
À medida que o tempo passava, Ademar se aprimorava e os clubes  rioverdenses o disputavam. Ali, à esquerda, está ele defendendo outro clube. Não sei dizer qual era o clube, mas reconheço entre os  jogadores, o Oyama, o Ademar, e o Bebé, filho de minha irmã Nenê. Outros jogadores: Denilson, Sissi, Roberto, Paraíba, Aluísio e José Oliveira.
Ademar segurando a bola. O garoto ao lado é seu filho, Romeiro .
Tempos depois, Ademar vai morar em  Palmeiras de Goiás, onde nascera. Por ali se casou, seus filhos nasceram e por ali, ele vive até hoje. O apelido Paraguainho ficou esquecido em Rio Verde. Dali pra frente é Ademarzim ou Ademar , o jogador número 01 do Time Palmeiras de Goiás por muitos anos.

Vejamos algumas fotos!
Disputando a saída de bola

Que time é esse? Não sei. Mas o Ademar está aí. É o terceiro da esq. para direita
Que time é esse, Ademar?É o Palmeiras?!

Apresento as fotos sem me deter na descrição de cada uma. As imagens falam muito. Melhor que palavras. Algumas delas em Rio Verde. Outras  mostram o Ademar e seus companheiros de time e de lutas, no chamado Time Palmeiras de Goiás. Segundo Ademar, esse time jogou no Serra Dourada, em Goiânia várias vezes. Era um time respeitado no Estado de Goiás. E sempre foi vitorioso nas cidades do interior goiano, por ex: em  Firminópolis, São Luís de Montes Belos, Guapó, Trindade, Nazário e por aí vai...E havia ainda um outro time, creio ser o Vila Nova, porque os amigos fazem referência a ele.

   Falando em amigos, vejam o que eles dizem do Ademar, pelas redes sociais (Facebook):

Fábio Cardoso: "Sou fã dele, grande jogador de futebol, comunicador, dançarino de valsa, esse Ademarzim..."
Rogério Silva: "É um ícone da propaganda volante. Dizem que era um craque. No futebol, só não colocava a cabeça na bola para não estragar o penteado".
Antônio Martins de Almeida:"Velhinho Vilanovense! Tive orgulho de jogar 10 anos nesse clube, graças a você que me levou para lá. Te agradeço sempre!".
Celma Ferreira: Ademar (da Diva?!) Granfinho demais, né?".
Aparecida Mello: " O mais granfim de Palmeiras! Enverga, mas não quebra! Dançarino do Vila Nova..."
Vando Vítor Alves: "Esse sabia jogar futebol! Ademar Guimarães, uma História viva do esporte goiano."
Mara  Jadir: " Melhor craque que vi jogar em campo de terra. Mesmo com braço engessado, nunca errou a bola no gol. Bi  bi  bi  Bichão!

Romi, sua filha, disse"Falar de papai é fácil. Ele é Amor , engraçado, o melhor das galáxias. Ele nos ensinou tudo sobre esporte, por isso e outras coisas a mais é que o amamos, faz parte de nossa história. Mesmo nos tempos difíceis nos faz rir. Ele é um coco-bambu. Jogou até completar 75 anos no Time da Terceira Idade e, vejam bem, começou aos 17 anos! Amo o papai! Sou feliz por tê-lo conosco!"

                                  Depois desses depoimentos, não preciso falar mais nada.


Juízes José Mário e Antônio Carlos da Seleção. Júlio André e Ademar jogadores de Rio Verde.



O Time Palmeiras de Goiás -  Campeão muitas vezes
Lutador -Ademar- Rocha, do Vila Nova-Profissional



Time: Será  o de Palmeiras?! Não sei...


Ademar e Zauro- em Rio Verde
Ademar e filha Romy
Ademar, filho Romeiro, Mascote do Time, um colega de equipe
Ademar continuou no batente até o ano 2013 quando fez 75 anos, jogando  no time da terceira idade. Porém, não  conseguiu parar de vez. De quando em quando, bate
Ademar e filhos: Romeiro, Wmarley E Romy
 uma bolinha com os companheiros aposentados... 

Palmas pra ele! É isso aí, Ademar! "Enverga mas não quebra" como disse sua amiga ali acima...  Sempre  honrando o seu nome Guimarães Paraguainho . Ambos, heranças de Família. Parabéns, meu irmão! Glória  Guimarães.




Comemorando os 80, há 2 anos.
Ademar- firme e forte - ano 2020- nos tempos da pandemia.


 Família de Ademar e Diva- Palmeiras de Goiás-  Tempos atrás.
E eu que não sabia do detalhe que o seu amigo
Rogério Silva nos contou? " No futebol, só não colocava a bola na cabeça para não estragar o penteado!" Só você mesmo, Ademar. Te amamos muito. Abraços de sua irmã. Glória. 

 Postado por Glória Guimarães.
Brasília,15 de julho de 2020














13 julho 2020

Família Guimarães: OS GUIMARÃES NO ESPORTE - FUTEBOL -3 _ E AGORA + VOLEIBOL


José Wálcio Sousa Guimarães 
               Médico e  torcedor  fanático do Cruzeiro de Belo Horizonte.

O futebol é considerado o desporto mais popular do mundo. Cerca de 270 milhões de pessoas participam das várias competições que o esporte oferece.  Outro tanto  é apaixonado pela arte sem dela participar. E outras pessoas ainda que sejam "loucas"pelo futebol,  nem "perna de pau" se  arriscam ser na vida real... Que contradição!
E eu conheço alguém que, segundo me parece, não se encaixa em nenhuma das opções anteriores, embora seja um entusiasta da arte da bola nos pés.
E é desta personagem que vou falar: Doutor  José Wálcio  que mostro na foto aqui à esquerda. Mesmo sendo meu sobrinho, desconheço grande parte da relação dele com o esporte. Vou ter que me valer de pessoas que o conhecem e da mídia que  está aí divulgando o que ocorre por aqui e pelo mundo afora.
Pela mídia, descobri que este doutor, meu sobrinho, é "Um médico que faz de sua profissão um sacerdócio da saúde, pois sai de seu consultório e vai para o campo tratar dos jogadores, mexendo em feridas expostas ou contusões da carreira do atleta profissional". E mais "Um homem que fez do esporte a missão do Juramento de Hipócrates". Palavras de José Carlos Vieira, escritor e cronista da Secretaria de Esportes de Rio Verde- Goiás.
Relembrando os antepassados  de dr. Wálcio
Que palavras! As do cronista José Carlos Vieira. A
 quem agradeço. 

       Para  chegar até aqui na posição em que se encontra, muitas voltas o mundo deu  na vida  deste médico que é um exemplo para sua família.
 Vamos ver, relembrando suas raízes na foto-relíquia, ali adiante.👉 O casal, atrás, de pé, Guimar e Anercina (Fia) - pai e a mãe de Wálcio . O garotinho no braço de Guimar é  Walbinho, o filho mais velho. O Wálcio chegaria quase dois anos depois. Sentados, à direita, avós maternos,  sr.José Camilo de Sousa, Juca Camilo e Cândida N. Araújo- dona Zica; Ilma- tia Santa e Verson, meu irmão, penúltimo filho de papai. Do lado esquerdo, José Cândido Guimarães-  Zuquinha e Teresa Lopes Guimarães, meus pais e avós de Wálcio, e meu irmão  Gerson, o caçula da família.
José Wálcio nasceu em Palmeiras de Goiás em 1951. Descendente de famílias cristãs , honestas e trabalhadoras. Uma, de fazendeiros e a outra, negociantes. Teve uma infância tradicional de cidade do interior. Descobrir a vida, brincar, correr, estudar. Colecionar, comercializar ou trocar os álbuns de figurinhas. Não de heróis das galáxias ou heróis de capa e espada. Mas de craques do futebol  do Brasil e do mundo. Jogar o seu futebol de moleque com os companheiros nas clássicas peladas de porta de rua e, depois, em algum clube  da cidade. Futsal e amadorismo.  Afinal, a família paterna de Wálcio  tem  herança genética de famosos craques. Por exemplo, os Paraguaios, Altino e Nenê, de Rio Verde, irmãos de Teresa, ali na foto, avó dele. Aliás, Nenê Paraguai foi um craque em Palmeiras, jogou aí antes de se iniciar no time de Rio Verde.
O filho de Guimar e Anercina fez o primário e o ginasial no Barão do Rio Branco, em Palmeiras. E novos planos surgiram  Quero ser médico! Em Palmeiras não havia ainda possibildades para isso.O que fazer, então? Planos e mais planos ...Decisões acertadas e... a primeira volta o mundo deu na vida daquele jovem..
O ano seria 1967 ou 68. O destino, a capital de Minas e os afetos dos tios Guimas e Maria do Carmo que lá viviam. E foi assim, simples assim,  que tudo aconteceu: o princípio de sua vida acadêmica e profissional. Em BH, fez os três anos do Curso  Cientifico, curso  exigido na grade curricular para prestar vestibular e ingressar em cursos universitários. Além disso, viveu um período  de ricas e marcantes experiências para sua vida futura.

Como estou aqui  falando de um Guimarães para  outros Guimarães, preciso mostrar  quem é "o tio Guimas"a que me referi acima.


Família de Guimas: esposa e filha
Guimas é o terceiro filho de Zuquinha e Teresa, meus pais. É rioverdense. Muito jovem foi estudar em Lavras- MG, no Instituto Gammon. Fez curso relacionado com Agronomia/ Agricultura. E nunca mais voltou a morar em Rio Verde. Nós o víamos só nas férias. Curso concluído, foi trabalhar em BH, no Ministério da Agricultura, onde foi funcionário até se aposentar. Casou-se por lá. A foto mostra sua esposa Maria do Carmo e filha Maria Teresa.
Hoje ele mora  em Osasco, com a família da filha, após o falecimento de Maria do Carmo.
Guimas é dono de uma bela voz. Em BH, nas horas vagas do Ministério, atuava como locutor/comentarista em uma emissora da  capital, Rádio Clube Itatiaia. Sua voz era conhecida  pela população feminina, nos programas românticos de crônicas  que as ouvintes enviavam. Eu mesma tenho três crônicas  minhas gravadas e apresentadas por ele.... (heehehe!).
 Aí é que entra  o esporte  na sua vida. Além das crônicas e assuntos dos artistas da mídia da época, introduzia alguma coisa relacionada a futebol. E ele sabia de tudo o que ocorria  dentro e fora de um estádio. Quase chegou  a ser um Galvão Bueno do rádio, se um episódio ocorrido com Jackson do Pandeiro não o tirasse da emissora. Um dia qualquer ele nos contará tal história.

Tostão- o jogador ídolo de José Wálcio
Voltemos ao Wálcio e à sua trajetória de vida. Os três anos em Minas Gerais foram ricos de emoções para  tio e sobrinho. O tio, pai de uma filha, acostumado  às notas  clássicas das músicas de piano e aos passos do balé que a menina fazia, era só mais um torcedor cruzeirense. E aí aconteceu uma troca de valores. O sobrinho, mal saído da  adolescência, ávido por  experiências  novas, encontrou no tio torcedor  o par perfeito para o que aconteceu depois. Isto que relato logo a seguir, ali abaixo:
Tostão- Eduardo Gonçalves de Andrade

O Tempo passou. O mundo girou. Uma segunda volta aconteceu na vida  de Wálcio . E ele foi parar em Belém. Na Faculdade de MedicinaO "quero ser médico"seria cumprido. E foi.
Relembrando o time do Guará
Quanto tempo durou? Seis ou sete anos? Não importa. Sei apenas que, ao voltar com o diploma conquistado demédico- cirurgião ortopedista, trouxe com ele a esposa Maria do Carmo e o primeiro filho, Roberto César.
  E uma vida de trabalho de médico se iniciou. Em diversos hospitais e centros cirúrgicos de Associações Esportivas.  Primeiro, em Brasília. Passou por vários times: Brasiliense, de Taguatinga , time do Guará e de Sobradinho .E no Distrito Federal, sua família se completou com as filhas Fabíola e Priscila. 
A foto Relembrando o time do Guará ao lado, mostra as crianças com a camisa do time, e uma época feliz de sua vida.

 Depois, em 1985, o seu destino foi Rio Verde. Onde se encontra até hoje. Mudou-se para lá influenciado pelo amigo Dr.Vicente Guerra, médico do time Verdão do Sudoeste.


Fam. em Rio Verde. Filhos: RC, Fabíola, Priscila,e amiguinhos
Time em RV- Roberto César - mascote
Apresento aqui as fotos de família, já na cidade do Sudoeste Goiano.


Em Rio Verde, ele foi  fazer parte  do Hospital Santa Teresinha além de interagir com o esporte da cidade. Seus filhos cresceram, adotaram a nova cidade como sua, e ali seguiram os ditames da vida de cada um.

 Apresento na foto à esquerda, logo ali 👇 abaixo: Roberto César, Fabíola e Priscila, mais crescidinhos, uniformizados, ao lado de outros familiares, todos se preparando  para o futuro.

Como eu desconheço muitos fatos da vida de Wálcio passados em Rio Verde, preciso deixar que o cronista José Carlos fale por mim. O Lela sabe de tudo, graças a Deus! E ele disse:

"Ele é o mais antigo médico do futebol brasileiro, ao lado de José Sanches, médico do São Paulo.  São  mais de 33anos de bons serviços prestados ao esporte bretão, curando, anestesiando, dando conselhos de medicina desportiva e escrevendo uma gratificante história do campo de jogo".

"É um apaixonado pelo futebol. Grande capacidade de enxergar longe, tanto na vida do futebol quanto no futebol da vida  A sua história de vida se confunde com o próprio Esporte Clube Rio Verde."

" E sonha com um Esporte Clube  Rio Verde com muita estrutura,organização planejamento, reconhecimento do poder público e um conselho dinâmico para gerir as finanças do Verdão do Sudoeste."

"  Com 66 anos de vida, sabe o valor de um remédio ou de uma grande amizade. Tratar bem o jogador é tão importante quanto cuidar bem de sua família. Cada paciente recebe o devido respeito do doutor José Wálcio, o grande torcedor do Cruzeiro de Belo Horizonte"

.Agradeço por tudo.o que o cronista nos disse sobre o meu sobrinho Wálcio, a quem passo admirar cada vez mais. 

E para terminar tenho que dizer  um fato interessante e mostrar nas duas fotos, aqui apresentadas. É tão fanático pelo Cruzeiro que até o bolo de seu aniversário apresenta sempre o mesmo tema.    Não muda, jamais! Veremos em 2021, quando fará 70!  

Wálcio e o bolo de aniversário


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Já falei sobre José Wálcio, o Pai. Agora quero apresentar o filho dele: ROBERTO CÉSAR, PÉ DE CHUMBO
                                                 O Apelido que lhe caiu como uma luva...



Aqui estão os dois: pai e filho. O filho que nasceu em Belém, em 1979, e que recebeu o nome de um grande jogador do Cruzeiro de Belo Horizonte, chamado Roberto César Itacarambi. Filho de Maria do Carmo e Wálcio. Seus avós paternos Guimar Guimarães e Anercina (Fia) de Palmeiras de Goiás, e maternos João da Silva Costa, falecido, e Maria de Nazareth da Costa, de Belém.
Viveu em Brasília até os seis anos, quando seu pai foi para Rio Verde em 1985, com toda a família.
E foi em Rio Verde que o menino se fez atleta do futebol! E ganhou um apelido que o acompanha até hoje. E é sua marca registrada. Pé de Chumbo!
Influenciado pelo pai, desde criança frequentava o campo de futebol, ora como mascote dos times, ora no infantil, no juvenil e amador, aprendendo os primeiros  passes, ora como integrante dos principais times da cidade, mostrando uma perfeita performance.
                     Origem do apelido- Quem me contou foi a Priscila, irmã  de RC:

 "Garoto ainda, no time do treinador Pierre, já falecido, os meninos  demonstravam suas forças nos chutes. Cada um se esmerava o melhor que podia E tinha  gente boa na turma! Na sua vez, ele se posiciona, mira a bola e o gol, dá um leve sorriso e... chuta com a direita, com  firmeza! A bola voa! Passa pelo goleiro numa velocidade tal que ninguém a percebe e vai  parar lá atrás, uns 50 metros ou mais ... ainda rodando. Não havia rede no gol. Que chute, menino! Um pé de chumbo, caramba! Exclamava o Pierre." E aí o apelido lhe caiu como uma luva 

  Apresento aqui, à esquerda, uma pose do  garoto Pé de Chumbo ainda em formação. Comprido e magro, mas determinado a mostrar seus dotes pessoais em um campo de futebol.
Já na foto abaixo, o atleta garboso, o mais alto da turma  de pé, enverga  com orgulho a camisa do time Rioverdense.  Seu pai, Wálcio, o médico do time, sempre presente aos eventos,  posa na ponta esquerda dos que estão de pé.


  Repasso, agora, o resumo de sua biografia que lhe solicitei que fizesse: 
" Comecei minha carreira aos 15 anos em 1995 na categoria juniores sub 20 do Esporte Clube Rio Verde. No mesmo ano fui promovido ao elenco profissional. Daí, no mesmo ano, disputamos o Campeonato Brasileiro da Série C. Eu me destaquei em âmbito Nacional, sendo o jogador mais novo ( 15 anos e 7 meses) em disputar um jogo profissional de um campeonato brasileiro, entre as três séries A, B,C do Brasileiro até hoje . Fui, então, a revelação  do Campeonato Brasileiro da Série C... E fui jogar na Base do Fluminense Futebol Clube do Rio de Janeiro. Então, em agosto de 1995, fui morar no Rio. Depois de um ano, fui jogar na base do Cruzeiro Esporte Clube e morar em Belo Horizonte
Tempos depois, atuei em outras bases em Goiás, como o Vila Nova de Goiás e Goiás Esporte Clube. Por fim, voltei a Rio Verde, onde me encontro até agora. Como profissional, atuei na Associação Atlética Rioverdense e atuo  no Esporte Clube Rio Verde.
Em 2005, me formei em Educação Física na FESURV de Rio Verde e, posteriormente, fiz duas pós graduações e mais três cursos de Gestão Esportiva."

Hoje, encontra-se um pouco afastado do esporte por conta das famosas lesões que ocorrem com  quase todos os militantes do jogo da bola nos pés. Diz ele: "Melhorando, estou  de volta"...


Ele tem uma cumplicidade muito grande com pai que está na foto, à esquerda, com a neta Roberta, nos braços. Roberta é filha de RC.

Vejamos!

 Roberto César nos informou outros dados  da biografia de Wálcio que lhe pedi ":
Atuou como médico nos clubes seguintes:
Ano de 1981-Sobradinho-DF. Ano de 1982- Guará- DF. Campeonato Brasileiro da Série B- Taça de Prata. Anos de 1983 e 1984- Brasília -DF.-Campeonatos Brasileiros  da série A- Taça de Ouro e Campeonato Brasiliense, sendo o time o Campeão de 1984. De 1985 a 2020 está em Rio Verde, em Goiás. Atua em todos os clubes da cidade . Atua ainda, prestando serviços médicos, aos atletas nas  cidades vizinhas  de Santa Helena e Jataí.
 Como se vê, é uma vida dedicada ao esporte. Sempre ajudando quem é de futebol amador ou profissional. E ainda tem  suas atividades no hospital, onde atende quem dele precisa."
Tio Guimas e Maria do Carmo

 Estou me sentindo realizada por ter contado um pouco da história de mais dois Guimarães que  se sentem felizes, olhando ou fazendo a bola rolar em um campo de  Futebol. Reconheço que a história  não está completa. Falta-lhe aquele "tchan" de surpresa, aquele sabor que agrada a todos. Quem sabe, algum membro da família poderá  encontrar esse sabor que me falta?! Aceito sugestão. Melhor ainda: cooperação.
Roberto César e Fabíola
Chegando ao fim desta apresentação, mostro  algumas fotos  que podem ter marcado a vida dos dois Guimarães.Tudo vale recordar...

Ali, à direita, o tio Guimas, o amigão de BH e a esposa Maria do Carmo.

Avós maternos de Roberto César
Aqui à direita os avós maternos do Pé de Chumbo:João da Silva Costa- falecido e Maria de Nazareth de O. Costa em Belém.

Aqui , à esquerda, uma linda cena de amor fraterno, Roberto César e Fabíola, em Rio Verde.


Em Palmeiras de Goiás.
 Aqui, à esquerda, uma festinha em casa de vovó Fia: Roberto César, amigos, Mãe Maria do Carmo e Fabíola. Ano 1981.                                                                                                                                                                                                                                                         
 Aqui abaixo, à esquerda, um time de Rio Verde. Presença do médico José Wálcio  Guimarães .                                                                                                                                                                         
 Ali abaixo, à direita, em Palmeiras de Goiás, os avós maternos de Roberto  César: Guimar Guimarães e Anercina Sousa Guimarães-Fia. Entre os dois, eu, a tia Glória Guimarães.                                                                                                
Avós  paternos de Roberto César
    E ali abaixo, você vê  um time de Rio Verde com o dr.Wálcio à esquerda. E a  foto de Roberto César, mãe Maria do Carmo e as irmãs Fabíola e Priscila.Tempos mais recentes em Rio Verde.
Time em Rio  Verde- Goiás.
.
Mãe Maria do Carmo e filhos
Pai e Filho
 Postado por Maria da Glória Guimarães Dias - Brasília, 29 de julho de 2020



Um recado aos Guimarães: Na próxima postagem, abordarei o Ciclismo como esporte. Tenho conhecimento de dois candidatos descendentes de José Cândido Guimarães, meu pai.  Se você tiver alguém descendente de Manuel ou Joaquim Cândido Guimarães, quer me informar com dados e fotos? Agradeço. Glória.
Meu telefone: 61- 98417-3047
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                                      DESCOBRINDO NOVOS TALENTOS

Estamos no ano 2023. O Brasil e o mundo todo passam  por novos caminhos políticos, sociais tecnológicos. A pandemia arrefeceu por aqui. O governo mudou em nossa terra. Uma guerra continua entre a Rússia e Ucrânia e coisas boas  e ruins assolam países e lares...Mas a vida continua...
Portanto, estou aqui atualizando esta postagem desde que descobri um novo talento na família dos esportistas GUIMARÃES, especificamente na família  de José Wálcio  Sousa Guimarães. 
Sabem quem é? É a filha de meu sobrinho Wálcio. A mais jovem da  família dele e que nasceu em Brasília e se transformou em rioverdense, desde o ano 1985, quando seus pais
Priscila, a jogadora
 se mudaram para  Rio Verde, cidade do sudoeste goiano.         
            Ali, à direita, 👉 apresento  Priscila uma linda mulher e uma grande esportista .                                                                      
É a própria Priscila que nos contará a sua trajetória dentro do esporte. Vamos lá!

   " Comecei no esporte muito cedo. Aos três anos, quando viemos morar em Rio Verde, entrei na natação, na Academia Penha, onde permaneci por oito anos. Com 8 anos de idade, comecei a fazer voleibol, na Escola Fênix. Desde, então, me  apaixonei por esse esporte. E, nesta escola, permaneci até os quinze anos. Durante esse tempo, pratiquei também além de vôlei, basquete, handebol e futebol de salão, agora, no Colégio Objetivo. Mas, a minha paixão  sempre foi o VOLEIBOL.
    Fiquei muitos anos sem jogar, obedecendo aos ditames que a vida nos impõem. Entretanto, por volta dos meus 30 anos, voltei a praticar... estava no sangue... nem que fosse só para brincar...

Aos 35 anos, quando voltei de Florianópolis-SC, chamaram-me para um teste em um time da cidade de Rio Verde. Desde, então, estou no Sicoob Credi-Rural, disputando campeonatos livres , tais como, Goiano, Paulista, Mineiro, Brasileiro, entre outros. Agora também jogo para os times Master, pois já estou com 40 anos  de idade. Disputo campeonatos livres e Master+40.
Sou muito feliz em praticar esse esporte, pois é um estilo de vida que amo e quero por toda a vida.  No voleibol, fiz várias amizades que me completam. Sou  feliz em poder participar de alguns times que me convidam para jogar e pelos quais sou simplesmente apaixonada.
Pelas minhas fotos, vocês podem comprovar o que digo e o que sinto. Já joguei alguns campeonatos, livres e Master por esse Goiás afora, uns em Goiânia, outros em Itumbiara,  Acreuna e por aí vai. E por outros Estados também. Tudo isso é uma parte da minha vida que não abro mão, isto é, praticar meu esporte preferido e viajar para jogar."
Equipe de Rio Verde

Uma campeã

Ela e equipe
E Priscila disse mais: " Com meu time de Rio Verde- Sicoob Credi- Rural- atualmente somos:
*Campeãs Liga Lince Master em Goiânia- Go  
 *Campeãs 40+ em Águas de São Pedro- SP.
* Campeãs 40+ em Uberaba- MG    
*Vice-campeãs 40+ em Uberlândia -MG
Também pelo  time de Goiânia,  chamado Goiânia Vôlei Vera do qual faço parte, somos Campeãs Liga Lince  Livre."

 Tudo isso que  Priscila disse  e mostrou em fotos foi surpresa para mim. E talvez para muitas pessoas de nossa família. Surpresas legais! 


 Fiquei sabendo também que, neste ano, 2023, Priscila foi convidada para jogar pelo time Alcafoods- time Master 40+ de Goiânia e irão  disputar em Santos - SP, um dos melhores campeonatos Master do Brasil. Sua agenda está cheia. 
Vejamos: 
* Liga Lince Master em Goiânia , em Santos-SP, em Águas de São Pedro-SP, em Fortaleza-CE,  em Guarapari- ES, em Uberlândia -MG. Também pela Liga Livre Lince de Goiânia, outros jogos já estão agendados.

Obrigada, Priscila, por tudo que nos contou, pelas fotos que comprovam os fatos, pelo seu otimismo em relação ao esporte...E que não se esmoreça nunca!  Esporte é vida. É saúde. É alegria. E seja feliz! Sempre!

Performances da equipe

























Mais prêmios

Ela aqui!





Equipes valorosas


E assim, nos despedimos de Priscila, filha de Wálcio e Maria do Carmo, irmã de Roberto César- PÉ de CHUMBO, minha sobrinha, CAMPEÃ do  VOLEIBOL!


Postado por Glória Guimarães, no dia 18 de fevereiro de 2023