OS GUIMARÃES de MATO GROSSO
E as colaborações continuam.
Quem falará agora é minha prima Celuta Guimarães Senna Pereira, residente em Salvador, na Bahia. E ela falará sobre uma pessoa tão importante quanto Adolfino que acabamos de ver na última postagem.
Para vocês, as palavras de Celuta. Mais uma narrativa emocionante da saga dos Guimarães.
"José Guimarães ( Zezinho) nasceu em Paramirim, na Bahia. Era filho de Manoel Cândido Guimarães e Francisca, conhecida por dona Marreca, naquelas paragens e depois em Mato Grosso. Manoel Cândido Guimarães era irmão de José e Joaquim Cândido Guimarães.
Eis aqui a foto de Zezinho quando já estava em Mato Grosso.
..Zezinho tinha seis irmãos: Adolfino, José Augusto, Maria da Glória, Osório, Ana e Olinda, todos já falecidos.
Adolfino, o primeiro a sair de Paramirim para Mato Grosso foi viver no Café, mais tarde Cafelândia. No sertão mato-grossense foi funileiro, comerciante, pecuarista e comprador de diamantes dos garimpeiros.
José Augusto foi também comerciante em Alto Garças.
Osório foi dono de garimpo no Rio Café.
As irmãs, Maria da Glória, Ana e Olinda, donas de casa, mas os maridos, Petrílio, Fraterno e Nequinho, respectivamente, além da profissão de cada um, nunca deixavam de comercializar diamantes.
Aos 14 anos, Zezinho veio com irmãos e amigos a cavalo para Alto Garças. Depois foi para o garimpo de Cafelândia, arraial pertencente a Alto Garças, distante 60 km daquele município.
Contava que a viagem da Bahia para MT durou seis meses, enfrentada com bravura e coragem, e relatava morte de alguns companheiros de aventura.
Muito trabalhador, Zezinho começou a comercializar secos e molhados, fornecendo produtos aos garimpeiros ali radicados. Junto com Adolfino, irmão mais velho, abriu uma loja de tecidos. Com o pé de meia que fez comprou um garimpo de onde extraía diamante bruto do leito do rio. Revendia as pedras para comerciantes de São Paulo e Rio que os transformavam em bela joias.
A baiana Perolina, da Chapada Diamantina, chegou a MT aos 8 anos, junto com os pais, José de Souza e Emília Marques. Com 15 anos era uma bela moça. Zezinho apaixonou-se por ela. Casaram-se e tiveram 4 filhos: Perlita, Wanda e Anatólio, já falecidos, e eu, Celuta. Embora falecidos, meus irmãos constituíram famílias sobre as quais futuramente teremos oportunidade de falar.
Casei-me com o médico Bernardino de Senna Pereira, hoje também falecido. Tivemos 6 filhos: Nélie, Liz, Lindaura, Marta, Neila e Bernardino Filho, a quem chamamos de Dino. Moro, atualmente, em Salvador. Alguns dos filhos e netos também residem aqui.
Apresento, nesta foto, à direita, a imagem de minha mãe Loura, cujo nome era Perolina, a pérola e grande companheira de Zezinho.
Meu pai, José Guimarães, morreu aos 45 anos, vitimado por um aneurisma cerebral. Morreu jovem, não conheceu os netos que têm nele um exemplo marcante de honradez, de trabalho, de honestidade. Zezinho será sempre lembrado com saudade por todos os que o conheceram.
Na foto seguinte, apresento minha família Guimarães Senna Pereira: Liz, Lindaura, Nélie, Dino, Neila, Marta. Atrás de Dino, Mariana, filha adotiva de minha mãe.
E aqui, abaixo, os meus netos e eu:
Por fim, apresento aqui, à esquerda, a imagem de meu tio Osório, um dos irmãos mais velho de meu pai. Vejam! Um cavaleiro imponente, charmoso passeando pelas ruas de Alto Garças. É assim que me lembro dele."
Aqui termina o primeiro relato de Celuta Guimarães Senna Pereira. Esperamos que ela, futuramente, volte a nos contar outras passagens interessantes da Família Guimarães, enriquecendo a nossa história.
Postado por Maria da Glória Guimarães Dias.
Brasília, 27 de dezembro de 2012.
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